No centro da NGC 3132, uma estrela brilhante, embora proeminente quando vista pelo Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA em luz infravermelha próxima, desempenha um papel de apoio ao esculpir a nebulosa circundante. Uma segunda estrela, mal visível no canto inferior esquerdo ao longo de um dos raios de difração da estrela brilhante, é a fonte da nebulosa. Ela ejetou pelo menos oito camadas de gás e poeira ao longo de milhares de anos.
No entanto, a estrela central brilhante visível aqui ajudou a "mexer a panela", alterando a forma dos anéis altamente intrincados desta nebulosa planetária, criando turbulência. O par de estrelas está em uma órbita apertada, o que leva a estrela mais fraca a pulverizar material ejetado em várias direções enquanto orbitam uma à outra, resultando nesses anéis irregulares.
Centenas de linhas retas e luminosas perfuram os anéis de gás e poeira. Esses "holofotes" emanam da estrela brilhante e atravessam buracos na nebulosa como a luz do sol através de lacunas em uma nuvem.
No entanto, nem toda a luz estelar pode escapar. A densidade da região central, destacada em teal, reflete o quão transparente ou opaca ela é. Áreas mais profundas em teal indicam que o gás e a poeira são mais densos — e a luz não consegue se libertar.
Dados da Câmera de Infravermelho Próximo (NIRCam) do Webb foram usados para criar esta imagem extremamente detalhada. Ela está repleta de informações científicas, e a pesquisa começará após sua divulgação.
Esta não é apenas uma imagem nítida de uma nebulosa planetária — ela também nos mostra objetos na vastidão do espaço além dela. As seções vermelhas transparentes da nebulosa planetária — e todas as áreas fora dela — estão repletas de galáxias distantes.
Observe a linha inclinada brilhante no canto superior esquerdo. Não é luz estelar — é uma galáxia distante vista de lado. Espirais distantes, de muitas formas e cores, também pontuam a cena. Aquelas que estão mais distantes — ou são muito empoeiradas — são pequenas e vermelhas.
A NIRCam foi construída por uma equipe da University of Arizona e do Lockheed Martin’s Advanced Technology Center.
Sobre o Objeto:
Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI, e a Equipe de Produção do Webb ERO